Vacina HPV: benefícios da vacinação de mulheres tratadas por lesão intraepitelial cervical
DOI:
https://doi.org/10.5327/2237-4574-2024810006Palavras-chave:
papillomavirus human, tratamento, imiquimodeResumo
Desde 2006, as vacinas HPV bivalente e quadrivalente foram introduzidas no Brasil, inicialmente para mulheres até 26 anos, mas agora aprovadas para ambos os sexos, de 9 a 45 anos. Estudos mostraram sua eficácia em mulheres maduras e investigaram os benefícios da vacinação em pacientes com lesões prévias, como lesão intraepitelial de alto grau tratada com procedimento eletrocirúrgico com alça. Um estudo de 2018 evidenciou uma redução de 81,2% nas recidivas entre mulheres vacinadas após 30 dias do procedimento eletrocirúrgico com alça. Outro estudo revelou uma diminuição nas recidivas para mulheres vacinadas após 3 meses do tratamento. Em 2020, pesquisa na Lancet com mais de 21 mil mulheres apontou uma diminuição de 59% no risco de novas lesões cervicais após a vacinação, independentemente do tipo de HPV. A hipótese sugere que a vacinação bloqueia a infecção de novas células adjacentes às lesões, prevenindo a aquisição de novos tipos de HPV. A vacinação é benéfica para mulheres de todas as idades com lesões cervicais, sendo recomendado iniciar o mais rápido possível após o diagnóstico, junto ao tratamento indicado. Esses resultados destacam a importância da
vacinação na prevenção de recidivas e no controle das lesões cervicais.
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